A Parcialidade Do Entrevistador Pode Afetar Os Resultados Obtidos Com O Questionário!

Você sabia que pesquisas feitas com questionários são objetos de estudo de especialistas? E que eles buscam identificar a fórmula perfeita para a obtenção de dados sem divergências? Porque são exatamente as divergências que avariam os resultados de uma pesquisa. Elas ocorrem não só quando você cria perguntas de modo incorreto, mas também quando um entrevistador impõe – sem querer – a sua opinião. Alguns entrevistadores são imparciais; outros não. Mas isso, claro, é difícil de prever.

A parcialidade relacionada ao comportamento de um entrevistador é geralmente encontrado em conversas pessoais. Hoje em dia, isto é uma preocupação de entrevistas de trabalho. Existem também estudos sociológicos e de marketing realizados com entrevistadores. Outro exemplo comum é encontrado nos meios de comunicação, onde os jornalistas, às vezes, fazem perguntas pouco profissionais, distorcendo as respostas que lemos ou ouvimos.

Vejamos isso com mais detalhes:

Esteriótipos.

Às vezes, os entrevistadores têm a tendência de tirar conclusões e fazer generalizações com base nas informações recebidas. Por exemplo, a suposição de que mulheres não gostam de trabalhos físicos e preferem trabalhar num escritório é um exemplo típico de pensamento estereotipado. Isso pode fazer com que o entrevistador modifique a ordem das perguntas. Ele pode, neste caso, ignorar todas as questões relacionadas à trabalho físico; distorcendo, desta forma, os dados da pesquisa.

Interpretação pessoal.

Em geral, durante uma entrevista os entrevistadores mantém consigo uma lista de respostas possíveis. Às vezes, porém, os respondentes respondem algo completamente diferente. O que fazer então se a resposta dada difere das respostas preparadas de antemão?

O entrevistador também comete um erro quando ele, sozinho, interpreta a resposta recebida e decide se ela encaixa-se ou não dentre as opções de resposta disponíveis. Por exemplo, digamos que o entrevistador faça a seguinte pergunta:

Qual é a sua cor favorita?

( ) vermelho   ( ) rosa

( ) preto           ( ) amarelo

( ) verde           ( ) azul

( ) branco         ( ) roxo

Um dos respondentes diz: “magenta”. Por não haver a opção exata, o entrevistador decide marcar a opção roxo. No entanto, algumas pessoas consideram magenta uma tonalidade de rosa forte. Neste caso, a solução seria marcar todas as respostas possíveis (ou seja, rosa e roxo!).

Perguntas inconsistentes

Fazer perguntas diferentes para entrevistados diferentes resulta em dados demasiadamente diferentes! Por exemplo, se em uma pesquisa sobre as preferências dos passageiros, o entrevistador perguntar: “Que tipo de documento de transporte você utiliza?” para algumas pessoas, enquanto que para outras pessoas ele pergunta: “Que tipo de cartão você usa?”. Ele inconscientemente convencerá algumas pessoas que elas, de fato, usam bilhetes. Talvez algumas pessoas poderão especificar o uso de um cartão de transporte público, enquanto outras nem irão lembrar-se deste detalhe. Neste caso, os dados recolhidos serão diferentes e impossíveis de serem comparados. Isso também acontece quando o entrevistador, distraído ou entediado de fazer a mesma pergunta centenas de vezes, decide inconscientemente modificar as respostas recebidas.

A primeira impressão. Tem um ditado que diz: “Não julgue um livro pela capa”. Às vezes, um entrevistador pode julgar (de modo preconceituosos) um respondente por uma determinada característica. Por exemplo, um pequeno detalhe – como um botão faltando na jaqueta do respondente – pode fazer com que o entrevistador julgue a pessoa sem mesmo conhecê-la.

”Preferência” por alguns respondentes.

Algumas vezes, um entrevistador pode demonstrar a preferência por respondentes. Digamos que um entrevistador faça uma pesquisa sobre o uso de cereais infantis. O entrevistador pode simpatizar-se com aqueles respondentes que conheçam e utilizam determinadas marcas de cereais, enquanto que pode mostrar indiferença com aqueles que não conhecem bem o produto.

Linguagem corporal

Os entrevistadores tendem a interpretar sinais não-verbais. Por exemplo, digamos que durante uma pesquisa, o entrevistador pergunte: “Você gosta de sorvete?”. O respondente, por sua vez, move a cabeça de modo que o entrevistador não possa identificar o movimento como um sim ou não. Que resposta então deve ser assinalada?

Fadiga e repetição.

Fazer as mesmas perguntas inúmeras vezes pode parecer uma tarefa simples, mas na verdade é difícil para um entrevistador agir com neutralidade depois de mais de uma hora de trabalho! Cada pequena mudança pode fazer uma enorme diferença. Por exemplo, digamos que um entrevistador esteja pesquisando preferências alimentares dos visitantes de um restaurante em particular. Ele pergunta: “Qual é o seu prato favorito neste restaurante?”. Depois de fazer esta pergunta por mais de cem vezes, ele resolve encurtá-la, dizendo: “Qual é o seu prato favorito?”. Aqui o respondente pode dar uma resposta que não corresponda com nenhuma opção do menu do restaurante.

Má escolha dos respondentes.

Às vezes, você tem uma pergunta perfeita, mas os seus respondentes não são exatamente o público alvo perfeito. No exemplo mencionado acima, os respondentes devem ser composto de clientes do restaurante. Caso contrário, os entrevistados não terão a experiência necessária para opinar sobre o menu do restaurante. Consequentemente, o tempo do entrevistador será desperdiçado, o questionário será desperdiçado e os resultados da pesquisa serão escassas!

Em suma, quando o entrevistador impõe a sua opinião, mesmo que sem querer, ele afeta os resultados finais da pesquisa. É importante que o entrevistador seja neutro e objetivo durante a conversa com os respondentes. Além disso, ele deve ser disciplinado e qualificado. Fatores como a falta de planejamento e o conhecimento insuficiente sobre a criação de questionário – bem como a falta de treinamento do entrevistador – podem influenciar os dados obtidos. Quando isso acontece, a aplicabilidade dos dados coletados torna-se pouco confiável. Os resultados serão heterogêneos, distorcidos ou simplesmente desnecessários.

Pesquisas com questionários online e a ausência de um entrevistador

A boa notícia para usuários de pesquisa com questionários online é que, por meio deste tipo de tecnologia, é possível evitar completamente este tipo de problema. Isso mesmo. Com os questionários online, a possibilidade de resultados errôneos é praticamente zero! Em um questionário online você não corre o risco de que uma terceira pessoa interprete a cor favorita dos seus respondentes ou julgue-os pelo botão da jaqueta.

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